Deixei o meu barco num ancoradouro esquecido

Deixei o meu barco num ancoradouro esquecido.
Abandonei o mar e fui para terra,
Náufrago de sonhos e vontades perdidas,
Que essas afogaram-se entre vagas
E os seus gritos perderam-se no marulhar das ondas,
Rodopiaram nos remoinhos,
Voltas e reviravoltas que a vida dá,
Como quem vai ao fundo e volta à tona,
E volta a afundar para à tona já não voltar.
Que a alma tem peso, dizem.
Peso suficiente para nos arrastar.

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