No outro dia, olhei-te em retratos.
Demorei-me na observação dos pormenores do teu rosto, emoldurado pelo cabelo escuro, em diferentes tamanhos, em diferentes cortes.
Olhei-te através daquelas janelas de tempos idos, desejando que fossem também os meus.
Tu, noutros tempos.
Tu, noutras eras, em que minha não eras. (Como se agora minha fosses!...)
Tu, num passado que não era meu. Que não nosso…
Tempos em que te desconhecia mais do que agora te conheço.
Olhei-te nos retratos e apaixonei-me por ti em todos eles, em diferentes tempos, em diferentes idades.
Olhei-te e devolveste-me o olhar, querendo-me parecer que fixavas o meu.
Detive-me nele e nele cativaste o meu.
Lamentei que o Destino não nos tivesse cruzado
E dei comigo a pensar como teria sido, se nos tivéssemos conhecido num daqueles momentos longínquos…
Como teria sido?
Seríamos o tempo presente ou apenas um passado emoldurado numa janela?
“É melhor escrever para si próprio e não ter público do que escrever para o público e não ter a si próprio.” Cyril Connolly
Vidas Paralelas
Vidas paralelas
E eu não vivo em nenhuma delas.
Eu não vivo em nenhuma delas...
Ocultas atrás de janelas
E eu não vejo através delas.
Eu não vejo através delas...
Pintam-se novas telas
E eu não figuro nelas.
Eu não figuro nelas...
Sedutoras aguarelas
E eu não me diluo nelas.
Eu não me diluo nelas...
Iludentes escapadelas
E não faço parte delas.
Eu não faço parte delas...
Cá fora brilham estrelas
E eu não consigo vê-las.
Eu não consigo vê-las...
Dizem que são belas
E eu não confio nelas.
Eu não confio nelas...
Caminho nas vielas
E eu não gosto de percorrê-las.
Eu não gosto de percorrê-las...
E eu não vivo em nenhuma delas.
Eu não vivo em nenhuma delas...
Ocultas atrás de janelas
E eu não vejo através delas.
Eu não vejo através delas...
Pintam-se novas telas
E eu não figuro nelas.
Eu não figuro nelas...
Sedutoras aguarelas
E eu não me diluo nelas.
Eu não me diluo nelas...
Iludentes escapadelas
E não faço parte delas.
Eu não faço parte delas...
Cá fora brilham estrelas
E eu não consigo vê-las.
Eu não consigo vê-las...
Dizem que são belas
E eu não confio nelas.
Eu não confio nelas...
Caminho nas vielas
E eu não gosto de percorrê-las.
Eu não gosto de percorrê-las...
O Meu Nome é Legião!
«- Qual é o teu nome?
- O meu nome é Legião, porque somos muitos.»
"Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste",
A coberto de um extenso manto de solidão…
Chegaste e do manto me descobriste,
Trazendo contigo uma pergunta de tentação,
Exigindo resposta: sim ou não?
A resposta foi: Hesitação.
- Oh! Pandora, a que tentação maldita sucumbiste?
Que tampa é essa que seguras na mão?
Curiosidade que não contiveste e a caixa abriste.
Dela, num único gesto, libertaste maldição.
Dela saltaram sortilégios, demónios e assombração.
E o seu nome era Legião!
Com sorrisos escarninhos, exibindo fileiras de dentes afilados,
Confiantes, caminharam na minha direcção.
Em peito aberto encontraram conforto. Nele ficaram aninhados
E à caixa já não regressaram, não.
Que soltos, não quiseram retomar ao oblívio da prisão.
E o seu nome era Legião.
Legião porque muitos, aqueles que em mim se ocultaram.
E não ouso pronunciar os tantos nomes que são,
Ainda que sabendo de cor aqueles com que se apresentaram,
Pois que pronunciá-los seria a eles fazer invocação,
Desejando, na verdade, conjurá-los e livrar-me da medonha possessão.
E o seu nome é Legião
Se antes aquele nome desconhecia, porque meu nome não era,
Com aquela (des)graça me nomearam então.
Assim a caprichosa Fortuna nos seus desígnios o quisera,
Celebrando com pompa a circunstância de infernal união.
Tenho agora em mim esse nome maldito, nome de condenação.
- O meu nome é Legião.
Perguntaste porque se me anuviava o olhar
E porque se perdia ele em pensamentos de escuridão.
Num embargo da fala, não mais consegui expressar
Do que, num breve sorriso, cortada frase em explicação,
Tudo condensando em concisa afirmação:
- O meu nome é Legião.
Mas quantas vezes nos pode enganar um sorriso?
Quantas vezes o seu encanto consegue ser mestre de ilusão?
Mas o olhar, Ah! Esse é precioso. Esse é preciso!
Por isso, nos olhos devemos deter a toda a nossa atenção,
Que neles se reflecte o que está para lá da visão.
- O meu nome é Legião.
Desejei que anjos me elevassem para esferas celestiais,
Mas sobre mim paira asa negra de perdição.
Garras na minh’alma cravadas, dor e nada mais.
Quantos gritos mudos proferi desde então…
Desabafos perdidos, sem eco, quando dizia em vão:
- O meu nome é Legião.
Quantas vezes esse grito me aperta o peito,
Escoando-se por entre desabafos de escárnio e lamentação,
Procurando olvidar sentimentos que enjeito,
Pois que sobreviventes nas batalhas com a Razão,
Turvando, desafiando e controvertendo, afirmam com igual convicção.
- O meu nome é Legião.
Combate sem tréguas que no horizonte se avistem.
Alternando enlevada alegria e profunda consternação.
Memórias que no tempo vivem, porque nele persistem,
Porque no passar do tempo vêem e vão,
Vagueando ao sabor do vento que lhes muda a direcção.
- O meu nome é Legião.
Dormindo, procuro atravessar esta noite infinda.
No Albergue do Assombro, cubro-me em manto de solidão,
Que cansado estou das vozes e rosto da multidão.
Por adormecer fica o que foi acordado então.
Por exorcizar fica esta sombria possessão.
- O meu nome é Legião.
Pesados elos, fecham um sonho que se desejaria aberto.
Sonhos, entre pesadelos, esperanças dão.
São aquelas as certezas de um destino incerto.
Aconchega-se à réstia de alento, busca-se consolação,
Nega-se com veemência a resignação.
Recusa de viver na cegueira fatal da ilusão.
- O meu nome é Legião.
- O meu nome é Legião, porque somos muitos.»
"Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste",
A coberto de um extenso manto de solidão…
Chegaste e do manto me descobriste,
Trazendo contigo uma pergunta de tentação,
Exigindo resposta: sim ou não?
A resposta foi: Hesitação.
- Oh! Pandora, a que tentação maldita sucumbiste?
Que tampa é essa que seguras na mão?
Curiosidade que não contiveste e a caixa abriste.
Dela, num único gesto, libertaste maldição.
Dela saltaram sortilégios, demónios e assombração.
E o seu nome era Legião!
Com sorrisos escarninhos, exibindo fileiras de dentes afilados,
Confiantes, caminharam na minha direcção.
Em peito aberto encontraram conforto. Nele ficaram aninhados
E à caixa já não regressaram, não.
Que soltos, não quiseram retomar ao oblívio da prisão.
E o seu nome era Legião.
Legião porque muitos, aqueles que em mim se ocultaram.
E não ouso pronunciar os tantos nomes que são,
Ainda que sabendo de cor aqueles com que se apresentaram,
Pois que pronunciá-los seria a eles fazer invocação,
Desejando, na verdade, conjurá-los e livrar-me da medonha possessão.
E o seu nome é Legião
Se antes aquele nome desconhecia, porque meu nome não era,
Com aquela (des)graça me nomearam então.
Assim a caprichosa Fortuna nos seus desígnios o quisera,
Celebrando com pompa a circunstância de infernal união.
Tenho agora em mim esse nome maldito, nome de condenação.
- O meu nome é Legião.
Perguntaste porque se me anuviava o olhar
E porque se perdia ele em pensamentos de escuridão.
Num embargo da fala, não mais consegui expressar
Do que, num breve sorriso, cortada frase em explicação,
Tudo condensando em concisa afirmação:
- O meu nome é Legião.
Mas quantas vezes nos pode enganar um sorriso?
Quantas vezes o seu encanto consegue ser mestre de ilusão?
Mas o olhar, Ah! Esse é precioso. Esse é preciso!
Por isso, nos olhos devemos deter a toda a nossa atenção,
Que neles se reflecte o que está para lá da visão.
- O meu nome é Legião.
Desejei que anjos me elevassem para esferas celestiais,
Mas sobre mim paira asa negra de perdição.
Garras na minh’alma cravadas, dor e nada mais.
Quantos gritos mudos proferi desde então…
Desabafos perdidos, sem eco, quando dizia em vão:
- O meu nome é Legião.
Quantas vezes esse grito me aperta o peito,
Escoando-se por entre desabafos de escárnio e lamentação,
Procurando olvidar sentimentos que enjeito,
Pois que sobreviventes nas batalhas com a Razão,
Turvando, desafiando e controvertendo, afirmam com igual convicção.
- O meu nome é Legião.
Combate sem tréguas que no horizonte se avistem.
Alternando enlevada alegria e profunda consternação.
Memórias que no tempo vivem, porque nele persistem,
Porque no passar do tempo vêem e vão,
Vagueando ao sabor do vento que lhes muda a direcção.
- O meu nome é Legião.
Dormindo, procuro atravessar esta noite infinda.
No Albergue do Assombro, cubro-me em manto de solidão,
Que cansado estou das vozes e rosto da multidão.
Por adormecer fica o que foi acordado então.
Por exorcizar fica esta sombria possessão.
- O meu nome é Legião.
Pesados elos, fecham um sonho que se desejaria aberto.
Sonhos, entre pesadelos, esperanças dão.
São aquelas as certezas de um destino incerto.
Aconchega-se à réstia de alento, busca-se consolação,
Nega-se com veemência a resignação.
Recusa de viver na cegueira fatal da ilusão.
- O meu nome é Legião.
O Coelho Branco
Porque queremos ser um blogue actual, moderno, a par das tendências, difusor da cultura, etc etc etc.
Porque estamos em tempo de Óscares e, como tal, temos de falar em filmes.
Porque se aproxima a Páscoa e, como tal, temos de falar em coelhos.
Aqui fica uma música que fala de tudo isso: da Alice no País das Maravilhas e de Coelhos que se puserem ovos, também não será nada de estranhar.
One pill makes you larger
And one pill makes you small
And the ones that mother gives you
Don't do anything at all
Go ask Alice
When she's ten feet tall
And if you go chasing rabbits
And you know you're going to fall
Tell 'em a hookah smoking caterpillar
Has given you the call
Call Alice
When she was just small
When men on the chessboard
Get up and tell you where to go
And you've just had some kind of mushroom
And your mind is moving slow
Go ask Alice
I think she'll know
When logic and proportion
Have fallen sloppy dead
And the White Knight is talking backwards
And the Red Queen's "off with her head!"
Remember what the dormouse said;
"Keep YOUR HEAD
Porque estamos em tempo de Óscares e, como tal, temos de falar em filmes.
Porque se aproxima a Páscoa e, como tal, temos de falar em coelhos.
Aqui fica uma música que fala de tudo isso: da Alice no País das Maravilhas e de Coelhos que se puserem ovos, também não será nada de estranhar.
One pill makes you larger
And one pill makes you small
And the ones that mother gives you
Don't do anything at all
Go ask Alice
When she's ten feet tall
And if you go chasing rabbits
And you know you're going to fall
Tell 'em a hookah smoking caterpillar
Has given you the call
Call Alice
When she was just small
When men on the chessboard
Get up and tell you where to go
And you've just had some kind of mushroom
And your mind is moving slow
Go ask Alice
I think she'll know
When logic and proportion
Have fallen sloppy dead
And the White Knight is talking backwards
And the Red Queen's "off with her head!"
Remember what the dormouse said;
"Keep YOUR HEAD
13
O primeiro.
Recordou-mo há momentos.
Sim, o primeiro de uma viagem através do Universo. Através do Destino que se cumpre a cada dia.
Bambi
And I long to go
Love started here
Shoot your stars
Pure like a star
Don't you come
Deer stop bottle in a shell
Shoot your thousand stars over me
Shoot the star
Shoot the star
To be
Love to come home
You've arrested me now
Say my name
Whisper it
Dont ever turn
I'm deliciously wired
I'm falling in a cloud
Shoot your thousand stars over
Shoot your thousand stars over
Say my Name
Whisper it
Sometimes... it's a wonderful World
Nem sempre. Por vezes sim. Por vezes consegue-se encará-lo assim, outras não.
Por vezes... é um belo Mundo.
I see trees of green, red roses too
I see them bloom, for me and you
And I think to myself, what a wonderful world
I see skies of blue, and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world
The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces, of people going by
I see friends shaking hands, sayin' "how do you do?"
They're really sayin' "I love you"
I hear babies cryin', I watch them grow
They'll learn much more, than I'll ever know
And I think to myself, what a wonderful world
Yes I think to myself, what a wonderful world
Por vezes... é um belo Mundo.
I see trees of green, red roses too
I see them bloom, for me and you
And I think to myself, what a wonderful world
I see skies of blue, and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself, what a wonderful world
The colors of the rainbow, so pretty in the sky
Are also on the faces, of people going by
I see friends shaking hands, sayin' "how do you do?"
They're really sayin' "I love you"
I hear babies cryin', I watch them grow
They'll learn much more, than I'll ever know
And I think to myself, what a wonderful world
Yes I think to myself, what a wonderful world
Aplicação Matemática
Na soma dos dias, subtrai-se o tempo.
(Contas nas contas de um ábaco, como contas de um rosário de desejos e preces)
Divide-se o tempo em fracções.
Multiplicam-se momentos, numa exponenciação da memória, onde se fundem infinitos luminosos azuis e frios cinzentos.
Quantificam-se momentos, mas não as sensações associadas a cada um deles. Únicas, irrepetíveis, intangíveis. Como um doce aroma numa manhã.
Equacionam-se proposições verdadeiras ou falsas.
Conjunções e Disjunções, que se comutam, associam e distribuem, ma-te-ma-ti-ca-men-te.
Joga-se com as probabilidades e vive-se na aleatoriedade, calculando e procurando antecipar resultados, esgotando dificuldades de análise até ao limite do qual nos aproximamos indefinidamente, numa redução ao absurdo e ao impossível.
Na soma dos dias, subtraem-se os que nos restam, aqueles que faltam e que desconhecemos.
(Não se quantifica o inquantificável.)
E nesta aritmética, está contido todo o rigor matemático da inevitabilidade.
E a inevitabilidade é a única certeza.
(Contas nas contas de um ábaco, como contas de um rosário de desejos e preces)
Divide-se o tempo em fracções.
Multiplicam-se momentos, numa exponenciação da memória, onde se fundem infinitos luminosos azuis e frios cinzentos.
Quantificam-se momentos, mas não as sensações associadas a cada um deles. Únicas, irrepetíveis, intangíveis. Como um doce aroma numa manhã.
Equacionam-se proposições verdadeiras ou falsas.
Conjunções e Disjunções, que se comutam, associam e distribuem, ma-te-ma-ti-ca-men-te.
Joga-se com as probabilidades e vive-se na aleatoriedade, calculando e procurando antecipar resultados, esgotando dificuldades de análise até ao limite do qual nos aproximamos indefinidamente, numa redução ao absurdo e ao impossível.
Na soma dos dias, subtraem-se os que nos restam, aqueles que faltam e que desconhecemos.
(Não se quantifica o inquantificável.)
E nesta aritmética, está contido todo o rigor matemático da inevitabilidade.
E a inevitabilidade é a única certeza.
Ainda A-Roaming...
THE GREAT SONG OF INDIFERENCE (BOB GELDOF)
I don't mind if you go
I don't mind if you take it slow
I don't mind if you say yes or no
I don't mind at all
I don't care if you live or die
Couldn't care less if you laugh or cry
I don't mind if you crash or fly
I don't mind at all
I don't mind if you come or go
I don't mind if you say no
Couldn't care less baby let it flow
'Cause I don't care at all
Na na na, ...
I don't care if you sink or swim
Lock me out or let me in
Where I'm going or where I've been
I don't mind at all
I don't mind if the government falls
Implements more futile laws
I don't care if the nation stalls
And I don't care at all
I don't care if they tear down trees
I don't feel the hotter breeze
Sink in dust in dying sees
And I don't care at all
Na na na , ...
I don't mind if culture crumbles
I don't mind if religion stumbles
I can't hear the speakers mumble
And I don't mind at all
I don't care if the Third World fries
It's hotter there I'm not surprised
Baby I can watch whole nations die
And I don't care at all
I don't mind I don't mind I don't mind I don't mind
I don't mind I don't mind
I don't mind at all
Na na na , ...
I don't mind about people's fears
Authority no longer hears
Send a social engineer
And I don't mind at all
Um destes dias...
A todos os projectos, ideias, intenções e coisas que temos para fazer, mas que... deixamos para depois... amanhã... talvez...
When I get home,
I'm gonna clean up my house;
When I get home,
I'm gonna kick out that mouse;
When I get home,
I'm gonna put things in order...
But right now, right right now,
right now I am a-roaming.
When I get home,
I'm gonna make that call;
When I get home,
I'm gonna talk it through;
When I get home,
I'm gonna straighten it out...
But right now, right now,
right now I am a-roaming.
When I get home,
I'm gonna give up the booze;
When I get home,
I'm gonna eat me some food;
When I get home,
I'm gonna kick them drugs...
But right now, right now,
right now I am a-roaming.
When I get home,
I'm gonna call my mother;
When I get home,
I'm gonna cook her some dinner;
When I get home,
I'm gonna invite my brothers...
But right now, right right now,
right now I am a-roaming.
When I get home,
I'm gonna see my little boy;
When I get home,
I'm gonna buy him a toy;
When I get home,
he's gonna jump for joy...
But right now, right right now,
right now I am a-roaming.
When I get home,
I'm gonna unpack my bags;
When I get home,
I'm gonna wash these dirty rags;
When I get home,
I'm gonna pack 'em up again
and I'm gonna go,
I'm gonna go,
I'm gonna go right back a'roaming.
When I get home,
I'm gonna clean up my house;
When I get home,
I'm gonna kick out that mouse;
When I get home,
I'm gonna put things in order...
But right now, right right now,
right now I am a-roaming.
When I get home,
I'm gonna make that call;
When I get home,
I'm gonna talk it through;
When I get home,
I'm gonna straighten it out...
But right now, right now,
right now I am a-roaming.
When I get home,
I'm gonna give up the booze;
When I get home,
I'm gonna eat me some food;
When I get home,
I'm gonna kick them drugs...
But right now, right now,
right now I am a-roaming.
When I get home,
I'm gonna call my mother;
When I get home,
I'm gonna cook her some dinner;
When I get home,
I'm gonna invite my brothers...
But right now, right right now,
right now I am a-roaming.
When I get home,
I'm gonna see my little boy;
When I get home,
I'm gonna buy him a toy;
When I get home,
he's gonna jump for joy...
But right now, right right now,
right now I am a-roaming.
When I get home,
I'm gonna unpack my bags;
When I get home,
I'm gonna wash these dirty rags;
When I get home,
I'm gonna pack 'em up again
and I'm gonna go,
I'm gonna go,
I'm gonna go right back a'roaming.
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